sábado, novembro 21, 2015

Taça de Portugal | 4ª Eliminatória | CD Trofense 0 x 0 (1-4 a.g.p) Académica de Coimbra | Guerreiros Trofenses caem de pé!


O Clube Desportivo Trofense, foi esta tarde afastado da prova rainha do futebol português, tendo sido derrotado pela equipa da Académica de Coimbra apenas no desempate por grandes penalidades, após um nulo registado nos 120 minutos de jogo.

  O jogo começou com a equipa do Trofense a pressionar alto, a ser mais acutilante e a chegar mais vezes à área adversária, conquistando também alguns pontapés de canto. A equipa da Académica parecia atarantada pelo bom início de jogo da equipa da Trofa e raramente conseguia ter a bola na sua posse e muito menos chegar à área Trofense.
  Mas a normal maior qualidade individual e experiência dos jogadores da Académica, veio ao de cima e os "estudantes" naturalmente tomaram conta do jogo. A equipa do Trofense remeteu-se à sua defesa, e sempre que podia partia em contra-ataque, com Onyeka a ser sempre o ponto de referência do ataque Trofense e a ser também uma constante "dor de cabeça" para a defesa da Académica.
  A primeira parte foi sempre dividida a meio campo e as oportunidades de golo escassearam para as duas equipas. O primeiro lance digno de registo, surge para a equipa de Coimbra, que após um deslize de Rui Faria, a bola é centrada para a pequena área, onde Marinho aparece a rematar em esforço e faz a bola passar a milímetros do poste da baliza defendida por Ricardo (Russo). O outro lance de registo, pertence à equipa Trofense, que após um canto da direita, Rui Faria surge isolado ao segundo poste e cabeceia para a baliza da "Briosa" e com o guardião já batido, é um defesa da Académica que tira a bola em cima da linha de golo e na recarga, Rony Santos com a baliza escancarada, atira ao lado, naquela que foi a melhor oportunidade de golo no primeiro tempo.
  O segundo tempo começa como terminou o primeiro, com a equipa da Académica a assumir completamente a posse de bola, e com o Trofense a espreitar sempre o contra-ataque.
  A equipa de Coimbra dominava a posse de bola, mas sem criar qualquer ocasião de golo, exceptuando um remate de Ivanildo que bateu na parte exterior do poste da baliza defendida por Ricardo.
  Com os minutos a passarem e com a equipa da Liga NOS (1ª Liga) a não conseguir impor totalmente a sua superioridade e melhor qualidade individual, o Trofense começou a acreditar e partiu novamente para "cima" da equipa da Académica.
  E Onyeka tem um papel muito importante nesse maior acreditar Trofense, pois foi a partir das suas poderosas arrancadas, que a Académica ficou reduzida a 10 unidades, por expulsão de Ofori, tendo este feito duas faltas duras sobre o jogador nigeriano.
  Antes disso a Académica já tinha efectuado duas substituições no jogo, com as entradas de Gonçalo Paciência e Nii Plange, para os lugares de Ivanildo e Rui Pedro. A equipa de Coimbra jogava então com uma unidade a menos, mas continuava a dominar o jogo e chegava com mais perigo à área Trofense, sobretudo devido a um irrequieto Gonçalo Paciência, que foi um constante "quebra-cabeças" para a defesa do Trofense.
  Até ao final dos 90 minutos, a Académica continuou a carregar, mas uma batalhadora (e muito cansada) equipa Trofense, deu sempre tudo o que podia e forçou assim o prolongamento.
    No tempo de prolongamento o único lance de maior relevo pertenceu á equipa da Académica, quando Paciência desferiu um potente remate de fora da área, que apenas foi travado pelo travessão da baliza Trofense. E fomos então para a marcação das grandes penalidades, onde aí uma esgotada equipa Trofense foi a azarada, com Hélder Sousa a acertar em cheio no poste na primeira grande penalidade e com o guarda-redes Lee a travar o penalti batido por João Pedro. Rui Faria foi o único a conseguir transformar com sucesso a grande penalidade e o Trofense acabou por cair ("de pé") na 4ª eliminatória da Taça de Portugal, perdendo por 4-1 no desempate a partir da marca de grande penalidade.

Perdemos,  mas saímos de cabeça erguida! Parabéns jogadores, vocês foram guerreiros, tiveram atitude, suaram a camisola, a vossa ambição foi notória durante todo o jogo, foram trabalhadores, mostraram a alma e espírito Trofense e honraram o símbolo do clube da Trofa...vocês foram Trofense!

Parabéns aos adeptos Trofenses, que mesmo não tendo enchido o Estádio, marcaram presença em bom número e estiveram sempre ao lado da equipa, dando a força necessária aos jogadores, quando estes poucas forças tinham sequer para correr. Parabéns à claque que foi ao jogo para apoiar...e fê-lo bem, tendo até entrado em festa com a claque "Academista" Mancha Negra, durante o jogo...o futebol é isto!

Fomos Trofense!

Força Trofense...Força Trofenses!

Pontuações blog Sou Trofense:
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Ricardo (3) - Esteve quase sempre bem quando foi chamado a intervir, mas largou a bola em vários lances e revelou uma certa insegurança e ansiedade.
João Pedro (4) - Graças ao seu trabalho defensivo, Rabiola passou praticamente ao lado do jogo. Bom posicionamento, boa marcação, ajudou ao posicionamento dos seus colegas no eixo defensivo e ajudou muito o ataque Trofense.
Rui Faria (4) - A sua rápida abordagem aos lances, a concentração revelada ao longo do jogo, o bom posicionamento e a capacidade de desarme foram factores para mais um bom jogo do jovem central Trofense.
Pedro Eira (4) - Sempre atento, concentrado e a capacidade batalhadora que teve para enfrentar os atacantes da Académica, foi impressionante. Revela-se cada vez melhor em termos táctico-defensivos, fez vários desarmes importantes e continua a formar uma muralha defensiva com Faria.
João Viana (4) - Teve pela frente a difícil missão de travar Marinho. Por vezes foi bem sucedido, por vezes não, mas foi sempre um jogador que se entregou ao jogo, deu "tudo" o que tinha e raramente deixou a defesa descompensada. Sempre que a equipa da Trofa partia para ataque, este ajudava e com sucesso. Deu grande segurança ao flanco direito defensivo Trofense e cumpriu o seu papel.
Rony Santos (4) - Impressionante é a palavra para descrever a grande exibição do jovem central, que se mostra cada vez mais um médio-defensivo de grande qualidade. Destruiu a primeira fase atacante da equipa dos "estudantes", ajudou os seus colegas no eixo defensivo, deu grande segurança ao meio-campo, boa visão de jogo e qualidade de passe, levou a bola até ao ataque da equipa da Trofa e por várias vezes demonstrou muita classe em lances individuais, sendo que é de uma das suas arrancadas que surge o segundo amarelo e consequente cartão vermelho a Ofori, depois deste parar o jovem Trofense, apenas com recurso à falta.
Hélder Sousa (3) - Não foi dos melhores jogos do experiente médio Trofense. Perdeu muitas bolas, falhou na marcação de cantos e livres, demorou na hora de efectuar o passe e acabou por falhar a primeira grande penalidade no desempate a partir da marcação do lance de 11 metros. Por outro lado, foi sempre o jogador a tentar organizar o jogo Trofense e a fazer a ligação entre o meio campo e o ataque Trofense. Deu muita ajuda defensiva e foi ele a fazer a dobra a Miguel Ângelo na marcação a um irrequieto Gonçalo Paciência. A sua raça e vontade foram também inegáveis.
Bruno Chuca (3) - Jogou adaptado a médio-esquerdo e fez um bom jogo. Muito lutador, combativo, nunca deu uma bola por perdida, cumpriu no processo defensivo e nas dobras a João Viana. Por vezes mostrou-se um pouco "perdido" em campo, em termos atacantes perdeu muitas bolas e não conseguiu fazer a ligação com o ataque Trofense.
Bruno Simões (3) - Foi um jogador muito importante na ajuda defensiva. Revelou um bom posicionamento, sempre atento na hora de marcar o seu adversário directo e ajudou a dar uma maior segurança ao meio-campo Trofense, esteve bem na abordagem aos lances e esteve também bem na hora de entregar a bola aos seus colegas. A nível atacante não foi tão eficaz.
Serginho (3) - Muito combativo e revelou uma grande entrega ao jogo, mas perdeu quase sempre para a compacta defesa da Académica e falhou na hora do último passe e entrega de bola.
Onyeka (4) - Pode não ter muita técnica, mas a sua raça, entrega ao jogo e sofrimento pelo clube são inegáveis! Trabalhou, trabalhou e trabalhou até á completa exaustão! As suas poderosas arrancadas deram muito que fazer aos defesas da equipa de Coimbra. Ajudou imenso nos processos defensivos e ganhou muitas bolas, tendo sido claramente a referência atacante da equipa da Trofa. Mesmo em sofrimento continuou a correr, deu muita luta e nunca desistiu dos lances. É um jogador com espírito Trofense!

Ricardinho (3) - Entrou bem em jogo para o lugar de Chuca. Não teve medo de ter a bola nos seus pés e assumir o jogo, foi buscar bola atrás para a distribuir na frente, fez jogar e ajudou muito nos processos defensivos. Mesmo tendo menos "corpo" que os jogadores da Académica, não teve receio e discutiu os lances, saindo "vencedor" de muitos "duelos"! Demonstrou tratar bem da "redondinha", quando esta se encontrava jogável nos seus pés.
Miguel Ângelo (2) - Continua á procura da sua melhor forma e de ganhar mais confiança. Entrou no jogo com a difícil missão de substituir João Viana e marcar o talentoso e gigante Gonçalo Paciência e logo no primeiro lance em que participa, acaba por ser ultrapassado por Paciência e é obrigado a fazer falta á entrada da área e a ver o amarelo. Teve que ser muito ajudado no processo defensivo e em termos atacantes não conseguiu ser bem sucedido.
Zé Domingos (2) - Rendeu um esgotado Serginho, mas não veio acrescentar muito ao jogo. Com o Trofense remetido á defesa, teve pouca bola e ajudou pouco em termos defensivos.

MVP - Onyeka - Entre Onyeka e Rony Santos o "prémio" de "MVP" ficava muito bem entregue e foi uma escolha de difícil decisão. Decidimos escolher Onyeka como o melhor jogador Trofense neste jogo, por este ter demonstrado um grande espírito de guerreiro e de sacrifício e mesmo estando a sofrer de constantes câimbras, nunca desistiu de nenhum lance e lutou até ao final do jogo. Levou a equipa para a frente por muitas vezes e foi um constante "quebra-cabeças" para a defesa da Académica. Foi um jogador á Trofense!

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